Causos do cotidiano contados por mim mesmo

quarta-feira, agosto 08, 2007

Cotas


O Brasil está se especializando em distribuir cotas a torto e a direito. Você quer entrar em uma universidade pública? Entre por intermédio de cotas!


Negros, índios, deficientes e agora filhos de policiais mortos. Isso mesmo. Se você for filho de algum policial que tenha morrido em serviço, e more no Rio de Janeiro, você tem direito a cotas na UERJ.


Isso já está virando palhaçada. Daqui a pouco vamos ter cotas para pessoas de cabelos brancos precoces, pessoas com síndrome do pânico, pessoas com claustrofobia, pessoas com blog pouco visitado e por aí vai.


E se você ainda não tem direito a cotas, lembre-se que agora você é minoria, e pode requerer uma cota qualquer também.


Eu particularmente acho esse lance de cota um baita preconceito. É algo do tipo: "Você é negro (índio, deficiente, filho de policial morto), então não tem inteligência suficiente para entrar em uma universidade pública por méritos próprios, por isso vamos dar um jeito para você entrar. Conte conosco!"


Quando é que esse país vai aprender a gastar tinta e papel em leis realmente interessantes? Não seria melhor melhorar o ensino público na base? Construir mais universidades públicas? Dar melhor condições de trabalho para os professores? Aí o cara que é negro, índio ou o diabo que seja, foi criado na favela e estudou a vida inteira em colégio público, lá na frente vai poder entrar em universidade por méritos próprios.


Querem consertar um erro cometendo outro.




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