Autor: Bruno Santos
A atriz Carol Castro foi assaltada nesta segunda-feira (09/02) na Lagoa (bairro do Rio de Janeiro) e diferentemente de outras “celebridades”, ela não agiu como tal.
Me lembro até hoje da cartinha mimimi do Luciano Huck quando perdeu seu rolex em São Paulo. Foi uma carta desnecessária e besta, que chegou a ser muito criticada pela galera (menos os veículos da Globo, que pagaram pau e assinaram embaixo de tudo que ele disse). O engraçado é que vemos pais pobres perderem seus filhos por conta da violência todos os dias e ninguém manda cartinha pro jornal. Ou mandam e não são publicados, afinal, quem é que quer saber o que um pobre tem a falar?
Já a Carol foi assaltada e apenas se demonstrou aliviada por ter saído ilesa. Não reclamou da violência, não disse que as autoridades precisam fazer algo imediatamente, não se mostrou como uma vítima solitária que sofreu nas mãos de delinquentes. Apenas estava ”contente” por estar viva, inteira e por não ter perdido seus documentos. Aliás, nem B.O. ela fez, porque tinha coisas mais urgentes a fazer.
Para finalizar, não quero com esse texto dizer que as pessoas devem se conformar com a situação de violência que ronda o nosso país, mas a atitude dela em não ficar de mimimi contou alguns pontos comigo.
Seria lindo se não tivéssemos esse tipo de problema, mas também não adianta nada posar de coitadinho na imprensa só porque é “celebridade”, enquanto muitas outras pessoas passam por problemas parecidos e até piores todos os dias e não tem como demonstrar sua indignação.
PS: A palavra celebridade está ente aspas porque eu não gosto de usar esse termo, já que só existem celebridades porque existem “baba-ovos” (eu incluso eventualmente) que ficam pagando pau para algumas pessoas só porque elas aparecem na tv.
